Teve lugar hoje no passado dia 27 uma reunião na IP, para discutir o prosseguimento das negociações e de apresentação de um documento da administração com o qual pretende balizar o actual processo negocial.
É um texto que começa logo limitado, já que dizem que têm uma verba para aplicar nesta negociação de 2,8 milhões de euros e as soluções não podem ultrapassar este valor, logo definem o bolo e agora apenas querem discutir a distribuição do mesmo.
Informam nesse documento que “Não obstante o âmbito do ACT abranger as 4 empresas do Grupo IP, os termos de aprovação do PAO (Plano de Actividades e Orçamento) 2024-2026 da IP Património e do PAO 2024-2026 da IP Telecom não incluem autorização para a despesa decorrente da respectiva revisão”, ou seja, nesta negociação da revisão de um ACT que abrange 4 empresas, excluem duas.
Depois informam que irão apresentar propostas para a revisão do clausulado geral, mas apenas para acomodar as matérias que sofreram alterações com a entrada em vigor da revisão de 2023 do Código do Trabalho, ignorando todas as propostas que a CNS - Comissão Negociadora Sindical da FECTRANS (SNTSF)/FNSTFPS apresentou em devido tempo.
Quanto às Carreiras Profissionais há uma alteração de conceito, ao passar para um sistema de bandas salariais aquilo que hoje é sistema de índices, que tendo em conta o pouco tempo de análise do documento, ainda não deu para ver totalmente o que traz de novo na expectativa dos trabalhadores e se as expectativas que hoje existem são frustradas ou melhoradas, mas numa leitura rápida algumas categorias veriam reduzidas as diferenças monetárias hoje existentes nas mudanças de nível.
O sistema é similar ao hoje existente para os quadros técnicos, embora as progressões apenas fossem de 3 em 3 anos, com a progressão de um valor percentual a definir, que na proposta da administração é inferior para os salários mais baixos.
A posição da CNS da FECTRANS (SNTSF)/FNSTFPS é de considerar que se parte mal quando se estabelece um valor (plafond) a partir do qual se têm de acomodar as soluções e certamente assim dificilmente se encontrarão as soluções necessárias para valorizar as carreiras daqueles que têm de entrar na IP e aqueles que já hoje trabalham nas empresas do grupo.
Depois não aceitamos que fiquem excluídas empresas que integram o ACT e quanto às cláusulas de revisão do ACT defendemos que é preciso ir mais além do que aquelas que são referenciadas pelas administração, nomeadamente discutir e negociar as que apresentámos.
Quanto ao novo conceito apresentado para as carreiras profissionais, mais que saber a denominação que tem, o que importa é definir salários de entrada nas carreiras que valorizem as profissões e que os trabalhadores continuem a ver valorizada a sua carreira a cada ano que passa e isso não está claro na proposta apresentada pela administração.
Mas também referimos que as negociações devem continuar, porque o nosso interlocutor é a administração, independentemente do governo que existir.
Leia aqui comunicado da CNS – Comissão Negociadora Sindical FECTRANS(SNTSF)/FNSTFPS --->>>>
Artigos semelhantes