PiqueteGreve CarrisO STRUP-FECTRANS saúda todos os trabalhadores da Carris e CarrisTur que juntaram a sua força à de todos os trabalhadores, no sector dos transportes e comunicações e nos restantes sectores a nível nacional.

No dia 11/12, construímos todos uma Grande Greve Geral, que constituiu uma demonstração inequívoca da força, da Unidade e da determinação dos trabalhadores para derrotar o pacote laboral.

Relativamente aos serviços ditos mínimos, mas que foram máximos, nas 12 carreiras definidas pelo CES, a FECTRANS interpôs recurso desta decisão, pelo que deste recurso, esperamos que seja reconhecida a ilegalidade dos serviços fixados, pois não cumpriram com a exigência legal quanto a poderem ser definidos para o cumprimento de necessidades sociais impreteríveis (ou seja necessidades de tal ordem que se não fossem satisfeitas naquela altura, causariam um prejuízo irreparável e impossível de satisfazer em momento posterior).

O STRUP- FECTRANS não deixou de registar, para os procedimentos que considerar necessários, a irresponsabilidade do C.A. de “convidar” trabalhadores a furar a greve, não cumprindo com tempos mínimos de descanso e alguns (poucos), “dobrarem” neste dia. Ao que parece este C.A. e CML, não aprenderam nada com a necessidade absoluta de cumprir com todos os procedimentos de segurança, de consequências trágicas recentes.

Não podemos deixar de reconhecer a profunda solidariedade dos trabalhadores que foram compelidos à prestação dos serviços máximos, reafirmando, mesmo em frente à PSP, que serviu, a mando do governo, de polícia privada do C.A., que não queriam sair, estavam a fazê-lo contra a sua vontade.

Esta Greve Geral não encerrou a luta. Ela foi uma etapa no combate pela derrota total e definitiva do pacote laboral.

Não transigiremos! Estaremos ao lado da CGTP-In na afirmação que não devemos aceitar negociar nestas mais de 100 propostas do governo, quais é que o governo cede e quais é que nos cederíamos, para encontrar um ponto de acordo.

É que neste balanço, ele seria sempre prejudicial para os trabalhadores, e na qual o governo acabaria sempre por fazer passar em maior ou menor quantidade as propostas que pretende.

A legislação laboral precisa de ser alterada sim, mas para retirar o que hoje já contém de prejudicial para os trabalhadores, como é a possibilidade de caducidade da contratação colectiva e a necessidade de reposição do princípio do tratamento mais favorável, entre outras.

Não devemos excluir nenhuma forma de luta! Perante a dimensão deste ataque todas as formas de luta são legitimas, pelo que não deixaremos de dar continuidade à preparação e dinamização das condições para a construção da mais ampla Unidade, entre Organizações e Trabalhadores, para as próximas lutas.

Comunicado completo AQUI

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