Das associações patronais no sector, só a ANTRAM enviou a sua contraproposta, fundamentando-a em inúmeras páginas, mas ainda assim, é curta e despreza a realidade dos trabalhadores do sector.
Com efeito, apenas propõem a actualização do salário base e das diuturnidades, nos termos em que está contratualizado, aumentando-os na mesma percentagem do Salário Mínimo Nacional (6,1%) para todos os trabalhadores e nos termos do CCTV, actualiza os valores do Complemento Salarial, da Cláusula 61ª, do Trabalho Nocturno e do Trabalho Extraordinário prestado nos descansos complementares, semanais e feriados.
Quanto a todas as outras rubricas para as quais propusemos actualizações, a proposta da ANTRAM é zero.
Foi assumido na assinatura do CTTV – Contrato Colectivo de Trabalho Vertical que as actualizações das remunerações é para ser feita anualmente e não para vigorarem durante 3 anos, como é o que a ANTRAM pretende. Apenas foi acordado que a tabela salarial, no mínimo, será actualizada na mesma percentagem do SMN.
Não é aceitável que outras remunerações, como por exemplo as ajudas de custo, o SUBSÌDIO DE REFEIÇÂO continuem há anos no mesmo valor sem acompanhar o aumento dos custos da restauração e outros, o que acontece em Portugal e por toda a Europa. Os trabalhadores não têm de pagar para trabalhar.
Não é aceitável que não haja disponibilidade para rectificar as situações de iguais salários para categorias com diferentes níveis de responsabilidade, ou para incluir no CCTV novas realidades existentes no sector.
A associação patronal invoca um conjunto de dificuldades para justificar a falta de resposta a matérias que consideramos importantes, mas, no entanto, o que os trabalhadores vêm é as empresas a crescer, o que demonstra que não é incompatível com o aumento dos salários dos trabalhadores, porque são estes que fazem as empresas crescer.
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