Relativamente ao processo de negociação das carreiras profissionais na ALTICE, o SNTCT/FECTRANS divulgou em comunicado a sua posição traduzida no seguinte:
A avaliação de desempenho é completamente controlada pela empresa, não foi aceite a sua discussão com as ERT’s (Estruturas Representativas dos Trabalhadores), não sendo claras, e objectivas as suas regras, nem transparente o processo de avaliação.
Por exemplo constatamos que a maioria dos trabalhadores desconhece a média da sua Direcção.
Porque não são tais dados publicitados em local de fácil consulta aos trabalhadores envolvidos, em altura prévia às reuniões de feedback?
Também é desconhecido o motivo pelo qual é atribuído um determinado valor, em determinado item da avaliação. Objectivamente qual é o fundamento?
Porque não se promove uma avaliação individual feita com base em critérios objectivos.
Os próprios RH reconhecem esta necessidade na inclusão de um objectivo individual na avaliação tendo como pressupostos ser específico, mensurável, alcançável, relevante e definido no tempo.
Porque não se promove a avaliação a 360º? Ou receiam ser avaliados num processo semelhante ao que tem por alvo os restantes trabalhadores?
A análise de funções que determinou a migração para as categorias do novo modelo foi discricionária. Consideramos que em alguns casos foi evidente o favorecimento a alguns trabalhadores, em detrimento de outros da mesma equipa, com as mesmas funções.
Não podemos esquecer que por culpa das chefias/gestão havia trabalhadores cujas funções atribuídas anteriormente a este processo eram inferiores à categoria a que pertenciam.
Essas injustiças não foram reparadas! Encontra-se no conteúdo de diversas actas negociais a nossa posição sobre esta matéria, porque para nós foi evidente que a empresa pretendia inicialmente aproveitar tal situação para despromover algumas centenas de trabalhadores. Com a nossa oposição, que se encontra registada documentalmente conseguimos evitá-lo!
As mudanças de categoria profissional para outras com nomes mais pomposos foram um logro, pois, além de em muitos casos ter criado divisões e mau estar em equipas de trabalho, não se traduziu em qualquer benefício pecuniário para os trabalhadores abrangidos, nem em definição de funções concretas, pelo contrário.
Defendemos um novo modelo de carreiras baseado em funções bem definidas, progressões com base em formação, avaliação - com objectivos claros e transparentes - e senioridade na função.
Movimentos horizontais e verticais tomando em conta as competências e percurso profissional desejado pelos trabalhadores, tendo como base a formação.
A formação profissional tem sido utilizada pela empresa como brinde ou castigo face á opinião que a chefia tem de determinado trabalhador. Sabemos a consequência que sucedeu quando numa área de actividade como as Telecomunicações se está algum tempo sem formação.
A empresa está obrigada por normas imperativos do Código do Trabalho a ministrar anualmente um conjunto de 40 horas de formação profissional a cada trabalhador.
Solicitamos aos trabalhadores que informem o Sindicato sobre as suas situações de formação relevante insuficiente ou mesmo inexistência de acções de formação.
MODELO DE CARREIRAS. Na reunião de dia 19 de Março, a empresa apresentou algumas ideias sobre o modelo de carreiras com base nas tendências de mercado, tem de ser um modelo alinhado com a estratégia da empresa de forma a dar resposta aos desafios do negócio.
A empresa fez ainda uma abordagem a estrutura de grupos funcionais, onde a cada grupo remete para um conjunto de funções, responsabilidades e competências permitindo que existam diferentes estádios de carreira ligados a perfis de competências e de níveis de proficiência.
Para o SNTCT é claro que muito temos de caminhar para construir uma estrutura de carreiras onde os trabalhadores se revejam e tem que ser parte integrante deste processo.
O SNTCT não vai abdicar de consultar os trabalhadores e ouvir as suas opiniões relativamente a avaliação de desempenho e suas regras, bem como à estrutura de carreiras, funções e como são movimentados dentro das mesmas.
Leia aqui o comunicado do SNTCT/FECTRANS --->>>>
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