ElevadorGloriaTendo em conta várias solicitações sobre o relatório preliminar do GPIAAF, emitimos a seguinte posição:

O relatório preliminar o GPIAAF - Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários, coloca um conjunto de elementos que, na nossa opinião, reforça a necessidade de se inverter a opção de gestão de externalizar o serviço de manutenção dos elevadores na cidade de Lisboa, retornando essa função para o âmbito do sector oficinal da Carris.

Tendo em conta o tipo de serviço que é prestado, a manutenção dos equipamentos tem de ser uma preocupação central da Carris, para a qual deve alocar todos os meios técnicos, humanos e financeiros, para que se cumpra essa função, de modo a assegurar um serviço de qualidade e seguro.

A opção de externalização do serviço de manutenção, coloca no meio desta importante função um “negócio” em que o prestador procura retirar o máximo rendimento enquanto o cedente procura a redução dos custos.

Entendemos que a investigação em curso deve incidir sobre todos os aspectos e apuradas todas as responsabilidades directas e indirectas. Entre elas continuamos a apontar o processo de destruição do sector oficinal da Carris, com as rescisões efectuadas e a destruição da capacidade de construção e de reparação que existia e a destruição das equipas de trabalhadores que dedicavam a sua vida profissional à manutenção e reparação dos elevadores e ascensores. 

Continuamos a entender não nos dever pronunciar sobre os aspectos concretos da manutenção efectuada, isso compete aos técnicos e aos investigadores, mas sim sobre a opção política que levou a sua externalização.

Lisboa, 21 Outubro 2025

A direcção da FECTRANS

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