O processo de negociação do AE para 2025 tem de se caracterizar pela continuação de um forte envolvimento dos trabalhadores, desde já na construção das propostas a levar à discussão com o C.A., mas também na discussão dos caminhos a seguir, em cada passo do processo, para atingir os objetivos traçados.
Neste sentido a luta levada a cabo nos últimos meses, terá de ter continuidade imediata, caso o C.A. não responda positivamente às questões centrais, que continuarão a estar “em cima da mesa”, o aumento real e substancial dos salários e a evolução para as 35 horas semanais.
Desde já na construção das propostas a apresentar. Elas não poderão deixar de reflectir uma dura realidade. Desde 2009 até agora, os nossos salários tem sofrido uma desvalorização sucessiva. Nos primeiros anos da “troica”, com o seu congelamento e nos últimos anos, em resultado de actualizações sempre inferiores ao custo de vida existente.
Se pegarmos num exemplo, como é o da diferença do salário mínimo nacional, para os salários médios da Carris, no sector do tráfego, verificamos que essa diferença (tal como nos sectores fixos) é cada vez menor:
Em 2009 o salário mínimo nacional era de 450,00€. O salário de um trabalhador no escalão H, com a inclusão do agente único, era de 957,65€.
A diferença entre este salário e o salário mínimo nacional era de 507,65€, representando uma percentagem de 180,04%.
Em 2025, o salário mínimo nacional aumentará para 870,00€, pelo que essa diferença será somente de 311,13€, representando uma percentagem de 135,76%.
Para que, no mínimo, a diferença que existia em 2009, entre o salário mínimo nacional e o salário do escalão H na Carris, pudesse ser atingida seria necessário que este salário tivesse um aumento de 196,00€.
Leia aqui comunicado completo do STRUP/FECTRANS --->>>>
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