Na primeira reunião de negociação do AE, realizada no dia 26 de Fevereiro, a empresa voltou à lógica do “muda o disco e toca o mesmo”.
Desta vez, propôs 53 euros de aumento salarial. É poucochinho face à degradação do nosso poder de compra. E fica muito aquém das condições económicas e financeiras que a empresa tem.
O CA sabe que nós sabemos, que a Carris pode e deve ir muito mais longe na valorização dos seus profissionais.
A verdade é que no Orçamento de 2023 a empresa previa um lucro de 1,5 milhões de euros.
Acontece que passado um ano, o CA estima que o Resultado Líquido de 2023, possa atingir os 2,6 milhões de euros, como consta no Plano de Actividades e Orçamento deste ano.
Ou seja, no espaço de um ano houve um acréscimo superior a 1 milhão de euros de lucro relativamente ao que estava previsto.
Afinal, para quem dizia que a actualização salarial do ano passado constituía um esforço acima das possibilidades, o que os números demonstram é que os lucros agora apresentados foram conseguidos à custa dos baixos salários dos trabalhadores da Carris.
Por isso, o CA tem de deixar de nos atirar areia para os olhos. Não basta dizer que estão dispostos para evoluir mais um bocadinho. É preciso que a empresa apresente uma proposta que valorize os nossos salários e direitos.
Se há dinheiro para investir na renovação da frota, tem de haver dinheiro para aqueles que, nos diferentes sectores da empresa, trabalham para pôr os autocarros, eléctricos e ascensores a trabalhar, tanto mais que para além dos resultados positivos dos últimos anos, o CA prevê para 2024 um novo resultado positivo de 1,2 milhões de euros.
Exigimos aquilo a que temos direito: salários que dignifiquem as nossas profissões; um subsídio de refeição de 15 euros; 7 horas de trabalho diárias; acréscimo do valor do trabalho nocturno; melhoria do valor das anuidades; o passe para a Área Metropolitana; o regime de férias por forma a premiar a penosidade do trabalho nocturno; o 8.º grupo, nomeadamente, para os trabalhadores da rede aérea; entre outras.
No dia 15 de Março está agendada uma nova reunião. Mais do que conversa mole, exigimos respostas positivas às nossas reivindicações.
Quanto mais reivindicativos formos, mais possibilidades temos de concretizar os nossos objectivos!
Leia aqui o comunicado STRUP/FECTRANS --->>>>
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