Teve lugar hoje a primeira reunião de negociação na CP, em que a administração apresentou duas propostas, ambas muito baixas.

Enquanto nas outras empresas públicas do sector as reuniões já decorrem há bastante tempo, na CP começaram tarde, no final do primeiro trimestre, com as seguintes opções de distribuição de um bolo pequeno:

Proposta 1

a. Aumento de 45€ nas retribuições até 2.631,62€;

b. Aumento de 1,8% nas retribuições iguais ou superiores.

Proposta 2

a. Aumento do valor do Subsídio de Refeição para 10,20€ (+1€/dia ou média + 22€/mês).

Se pago em cartão refeição → isento de descontos.

Se pago em numerário → sujeito a desconto a partir do valor de 6€/dia (por referência ao valor pago na função pública).

b. Aumento na tabela salarial:

• Aumento de 34€ nas retribuições até 2.631,62€;
• Aumento de 1,7% nas retribuições iguais ou superiores.

Mais uma vez, o governo/administração pretendem limitar a negociação, definindo eles uma verba, mais uma vez pequena, colocando depois nas organizações de trabalhadores o papel de dividir “o mal pelas aldeias”.

Por outro lado, neste processo negocial a administração quer ignorar o trabalho feito na sequência de acordo de Julho de 2024, de dar seguimento ao relatório final relativo às novas grelhas salariais, em que todas as partes estiveram de acordo, no sentido de colocar ao governo a necessidade de um aumento salarial extraordinário, com base na reposição das diferenças do SMN – Salário Mínimo Nacional, existente em 2018, que daria aumentos salariais por trabalhador muito superiores aos agora apresentados.

A administração anterior depois de dar o aval ao trabalho efectuado, ficou com ele “na gaveta” e não deu seguimento ao mesmo e a actual administração, refugia-se que ainda pretende ver os impactos.

Transmitimos hoje na reunião, que o processo negocial não pode deixar de ter em conta o trabalho antes feito e que o mesmo tem de vir para cima da mesa, para ser equacionado na globalidade.

Próxima reunião, dia 9 de Abril, às 10h30m.