Estes sindicatos saúdam todos os trabalhadores da CP que, nos dias 7 e 8 de Maio, estiveram em luta, exortando-os a reforçarem a unidade na defesa das justas reivindicações dos ferroviários!
A adesão a esta greve é a prova inequívoca do enorme descontentamento generalizado e da sua identificação com a justeza das nossas reivindicações. A luta não termina aqui. Haja o governo que houver, com o ministro que for, continuaremos firmes!
Durante a greve, assistimos a uma sucessão de mentiras e omissões por parte do Governo e da CP. Em resposta, fomos desmentindo publicamente a desinformação plantada em várias plataformas. Reafirmamos:
- Não é verdade que esta seja uma greve política!
Estes 13 sindicatos, são constituídos por pessoas de diferentes sectores, sensibilidades políticas e ideológicas e têm, como objectivo a defesa dos trabalhadores e a melhoria das suas condições de vida e trabalho.
- Não é verdade que não queremos negociar!
Solicitámos várias vezes um diálogo construtivo. Foi o ministro que, com arrogância e inflexibilidade, recusou negociar, tal como impôs unilateralmente os aumentos salariais. Governo e administração nunca mostraram vontade em resolver o conflito, indo ao ponto de dizerem que depois podíamos fazer mais greves!
- Não é verdade que rejeitámos um incremento de 5,75 milhões de euros!
O que nos foi efectivamente apresentado foi a autorização de verba de 2,35 milhões para cumprir uma parte do relatório da reestruturação das carreiras, conforme o acordado em 24 de Abril. Os 5,75 milhões incluem os 3,4 milhões já aplicados nos aumentos salariais.
Omissões graves:
- O Governo impôs aumentos salariais muito abaixo do aumento do salário mínimo nacional e da Administração Pública.
- Existe um relatório conjunto CP–Sindicatos, concluído em dezembro de 2024, com propostas para tornar a CP mais competitiva, e cujo custo total seria de cerca de 12,4 milhões de euros — valor que agora querem reduzir para menos de metade.
- Dizem que o relatório só foi entregue a 7 de abril, já em governo de gestão, mas omitem que:
- Tinham conhecimento da realização do trabalho de reestruturação das tabelas salariais.
- O relatório estava pronto desde dezembro de 2024.
- A nova administração da CP pediu um estudo adicional, concluído em fevereiro de 2025, que concluiu o que já se sabia, que o estudo custava cerca de 12,4 milhões.
- O Governo tinha conhecimento da proposta que a CP fez aos sindicatos no dia 22 de abril.
- Omitem que os sindicatos aceitaram desfasar partes do relatório para que o mesmo pudesse ser suportado pelo Orçamento da CP para o ano de 2025 e assim evitar o conflito laboral.
- Omitem que, no dia 24 de abril, foi alcançado um acordo entre a CP e os sindicatos, posteriormente anulado pela tutela.
- Omitem que agora apenas querem aplicar um terço do relatório.
- Omitem que os sindicatos estavam disponíveis para um acordo faseado, com compromissos futuros de implementação total.
Entretanto continuam a chegar-nos mensagens de solidariedade de que destacamos: Secretário-Geral da UIS TPPC (União Internacional dos Sindicatos de Transportes, Portos, Pesca e Comunicações; FUTAC – Federação Unitária de Transportes, Pescas, Portos e Comunicações da América; do SUBTE – “Associação Gremial de Trabalhadores do Subterrâneo e Premetro” – Bueno Aires, Argentina; Federação dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários da Índia.
Comunicado conjunto com toda a cronologia da negociação que levou os ferroviários à greve AQUI
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