Amanhã, dia 22 de Julho, os ferroviários da CP irão estar em greve. Lutam pela valorização das carreiras profissionais, elemento central para valorizar quem trabalha.
Essa valorização é estruturante para o futuro da CP, para poder criar as condições de fixar os actuais trabalhadores e recrutar novos efectivos que fazem falta para melhorar o serviço público aos utentes.
Porque os salários têm sido desvalorizados face ao aumento do SMN – Salário Mínimo Nacional, a realidade na CP é a incapacidade de esta repor os trabalhadores que saem e de aumentar o seu efectivo.
A solução passa pela valorização de todos as categorias profissionais porque todas contribuem para o serviço que a empresa presta e não pela visão da administração que opta por soluções parciais, e com a imposição do aumento de funções para os trabalhadores.
A administração coloca-se ao lado do conflito, não procura incorporar as propostas sindicais e não transcreve para o papel alguns consensos alcançados nos debates efectuados.
Ontem, após uma reunião de cerca de 4 horas, em que se foi evoluindo nalguns pontos que permitiriam a continuação da negociação no novo quadro de confiança mútua, optou por apresentar um documento final que não incorporava o conteúdo da discussão efectuada, nem respondia às propostas feitas.
Com esta postura na mesa negocial, a administração faz com que os trabalhadores não tenham outra alternativa que não seja demonstrarem, através da greve, o seu descontentamento.
Perante a incapacidade da administração em ouvir o sentimento dos trabalhadores da CP e em resolver o conflito, a Secretaria de Estado da Mobilidade, tutela política da empresa, tem de dizer se está do lado do conflito ou da solução.
Leia aqui comunicado conjunto --->>>>>
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