Depois dos 14 (catorze) cenários– 7 em cada processo - que nos apresentaram para actualização dos salários nas CP e nas empresas do Grupo IP, enviamos às administrações a posição que abaixo reproduzimos;
Tal como o ano passado, estamos a assistir a um processo que de negociação nada tem, em que a administração impõe um valor, curto para valorizar o trabalho e os trabalhadores, tentando passar para as organizações sindicais o odioso da distribuição do que é pouco;
A questão da efectiva valorização salarial, para além de ser do interesse imediato para os actuais trabalhadores das empresas, é vital para o futuro destas, de modo a serem criadas as condições de atractividade de novos efectivos, e isso faz-se por um processo de negociação colectiva, que aponte no curto e médio prazo para o aumento geral dos salários, de modo a distanciá-los do SMN – Salário Mínimo Nacional, que tem sido a realidade dos últimos anos, situação que se repetiria com os actuais cenários apresentados;
A situação acima referida, apenas pode ser alterada através da negociação com base das propostas por nós apresentadas, vistas num quadro mais abrangente de presente e futuro, ao contrário das propostas da administração que não tem em conta o poder de compra perdido pela inflação de 2023 e anos anteriores, nem tão pouco o forte impacto negativo na vida de quem trabalha, decorrente do brutal aumento dos custos de habitação, quer sejam rendas ou encargos com empréstimos bancários;
Para nós um acordo no actual processo negocial, não passa por qualquer dos cenários apresentados pelas administrações, pelo que, reclamamos a apresentação de propostas sérias, as quais teremos toda a disponibilidade para analisar, discutir e para evoluir no sentido de um entendimento, que responda às aspirações dos trabalhadores e que eleve os níveis de motivação dos que, diariamente, asseguram o funcionamento das empresas e são o rosto das mesmas perante a sociedade e que querem ser reconhecidos por isso;
Assim aguardamos que da parte das administrações haja a revisão das suas “propostas” e se criem as condições que permitam um acordo que assegure o normal funcionamento da IP nos próximos tempos.
Na sequência da reunião de organizações sindicais que reclamaram a marcação de novas reuniões para negociação, a administração da IP marcou para dia 26 de Janeiro às 14,30m.