Depois da reunião com o Secretário de Estado das Infraestruturas, o SNTSF/FECTRANS assinou um acordo com a CP, nos termos ontem divulgados, retirando assim o pré-aviso de greve para amanhã.
Nos termos do acordado os trabalhadores terão, no mínimo, uma actualização salarial intercalar na ordem dos 50€/mês (12,50€ na tabela, mais 1,79€/dia no prémio de produtividade) e a negociação continuará já no mês de Junho, para as questões das carreiras profissionais.
Nos termos do acordado, são ainda actualizadas as seguintes matérias:
O valor fixo da fórmula do prémio de revisão passe para 6.20€, em vez dos actuais 4,41€.
Abono Itinerância pessoal móvel – 7.30€;
Ajudas de Custo por repouso fora da sede:
Entre as 6 e as 18 horas – 27,50€;
Superior a 18 horas – 30,00€.
No âmbito da discussão efectuada, a CP assumiu que irá apresentar um documento com respostas a algumas das questões que apresentámos, para se caminhar no sentido da sua resolução, de que destacamos as questões de condução de material motor em parque, a resolução das questões por resolver nas oficinas de Vila Real de Santo António, assim como se discutir e trabalhar para a redução da carga horário nas estações e a possibilidade de coincidir mais descansos com o sábado e domingo.
Se a administração da CP pensa que após este acordo fica descansada, está enganada. Privilegiaremos a via do diálogo e negociação para resolver os problemas, mas isso não se faz com empenho de apenas uma das partes.
De referir que o Secretário de Estado afirmou hoje, que a CP tem toda a autonomia e indicação para resolver todas as situações relativas a condições de trabalho.
Relativamente à reunião com o Secretário de Estado, que tinha como ponto central o acordo de 2018 sobre a tripulação dos comboios, assumiu em acta que o acordo é para manter e que não há qualquer intenção de reduzir as tripulações dos comboios e que as marchas em vazio são aquelas que a regulamentação de segurança permite e desde que possível fazê-las, não havendo ainda uma ideia clara de quais serão.
Por último assumiu realizar reuniões com as organizações sindicais, na primeira quinzena de Junho, para discutir todas as questões relativas à ferrovia.
Esta foi uma etapa de um processo que vai continuar, porque é preciso, passo a passo, continuar a intervir para melhorar as condições de trabalho dos ferroviários.