AlticeA FECTRANS teve hoje uma reunião com membros do gabinete do MIH – Ministério das Infraestruturas e Habitação, para discutir a situação da ALTICE.

A delegação da FECTRANS que integrava dirigentes do SINTTAV, SNTCT e STT, colocou as questões que resultam da análise que colectivamente, estes 3 sindicatos, fazem sobre as evoluções e futuro da empresa.

Dos diversos temas destacamos aqueles que foram os centrais na abordagem feita:

A política relativa aos trabalhadores, que tem conduzido à degradação das relações laborais, em virtude da desvalorização das profissões, retirada de direitos e aumento dos vínculos precários, que tem como objectivo o aumento da exploração, para aumentar os lucros dos accionistas da ALTICE;

Foi também lembrado a redução de trabalhadores que se tem verificado, algumas com processos violentos como foi o despedimento colectivo de há 3 anos, com situações de processos em tribunal que ainda não tiveram a primeira audiência, deixando trabalhadores desprotegidos por findarem os prazos de subsídio de desemprego;

A degradação do serviço público, pelo facto de a ALTICE passar a ter como objectivo central o aumento dos lucros, referindo-se a falta de cumprimento das suas obrigações de serviço público de TDT – Televisão Digital Terrestre, que ainda não tem uma cobertura nacional e o atraso do “enterramento” da fibra óptica para evitar os efeitos de destruição provocados pelo incêndios;

Por último foi questionado se o governo vai permitir a continuação da alineação de património e, em particular, se não irá intervir perante a eventual venda total da rede de fibra óptica que é estrutural para muitos serviços da República Portuguesa.

Da parte dos representantes do Ministério agradeceram o conjunto de informação que transmitimos, que irá ser colocada ao Ministro da Tutela, referido que terão a intervenção limitada porque estamos perante uma empresa privada.

Referimos a nossa posição que sendo esta uma empresa estruturante para o País, a mesma devia ser pública e ao serviço de todos, o que não foi acompanhado pelo Ministério, que como sabemos, este governo é defensor da privatização de tudo que é público.

Artigos semelhantes