Para os trabalhadores o dia 1 de Maio é dia de Festa, mas simultaneamente tem que ser um dia de luta pela melhoria das condições de vida e trabalho, com uma ampla participação nas iniciativas promovidas pela CGTP-IN em todo o País e, na rua, todos juntos vamos renovar em Maio os ideais de Abril.
A luta e a resistência dos trabalhadores têm marcado estes tempos difíceis de aumento brutal do custo de vida, com os bens e serviços essenciais, desde alimentação, a energia, os transportes, as taxas de juro dos créditos habitação com valores insuportáveis, registando as maiores subidas dos últimos 30 anos.
O poder de compra que tem sido retirado a quem trabalha ou trabalhou, contrasta com o colossal aumento dos lucros do grande capital, e tem servido para engordar os grandes grupos económicos desde o sector da energia, ao sector da distribuição alimentar, passando pelo sector bancário e outros. O dinheiro que falta nos bolsos de quem trabalha e trabalhou, está nos bolsos do capital.
Também os trabalhadores do sector dos transportes e comunicações são vítimas desta política que favorece os detentores do capital em prejuízo de quem trabalha que, todos os dias são confrontados com o aumento do custo de vida, o aumento brutal com os custos de habitação, de que resulta uma desvalorização dos salários e das profissões.
Dia 1 de Maio vamos lutar pela valorização dos salários e outras remunerações e pela redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem redução de salário.
No dia internacional do trabalhador, homenageamos também o sacrifício, esforço, unidade e luta de milhares de trabalhadores que, ao longo destes anos, conquistaram os direitos de que ainda hoje usufruímos. Não podemos esquecer os milhares de trabalhadores que por esse mundo fora e em Portugal foram assassinados, presos e torturados para que a liberdade e a democracia trouxessem um país e um mundo melhor e mais justo.
Por isso, em Maio, continuamos a lutar pela justiça social e pelos direitos, por melhores condições de vida e de trabalho, por emprego com direitos, salários e horários dignos, mas também a festejar o que conquistámos num dia em que afirmamos a unidade, fraternidade e solidariedade de todos os trabalhadores.